Grande parte dos uniformes militares prescrevem uma
cobertura junto às demais peças. O mais utilizado na Polícia Militar da Bahia
segue esse padrão, indicando a boina cáqui escuro em sua composição.
O
Regulamento de Continências estabelece um procedimento sobre o modo como se
deve carregar a boina, e o próprio costume acaba estabelecendo a conduta
padrão, quando observado pelos exemplos corretos.Hoje há, entre diversos
policiais, o consenso de que a boina seria imprópria para o clima local, que é
um empecilho, superaquece a cabeça, atrapalha em vários
momentos, enfim, quase não tem utilidade, traz prejuízo. Essa linha de pensamento alcança o quadro da perda de identidade, da dúvida sobre a essência policial militar, e acaba por prejudicar consideravelmente a apresentação pessoal. Recorrendo novamente a um comparativo com o BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais – PMERJ), observa-se nas fotos e filmagens que seus combatentes sempre utilizam a boina preta nas incursões em morros.
momentos, enfim, quase não tem utilidade, traz prejuízo. Essa linha de pensamento alcança o quadro da perda de identidade, da dúvida sobre a essência policial militar, e acaba por prejudicar consideravelmente a apresentação pessoal. Recorrendo novamente a um comparativo com o BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais – PMERJ), observa-se nas fotos e filmagens que seus combatentes sempre utilizam a boina preta nas incursões em morros.
Sem distinção entre praças e
oficiais, muitos policiais pouco se importam em seguir os ditames acerca do uso
ou não em locais cobertos ou descobertos, criando um ambiente de
“desuniformidade”. Além disso, comumente as boinas são carregadas com desprezo,
penduradas nos ombros, amarradas na cintura, sacudidas como bolsas ou trapos
que são trazidos com desdém.
Alguns a utilizam em número por demasiado grande, o que
compromete a aparência, outros em tamanho menor que a cabeça, deixando-a solta
sobre os cabelos. Existem aqueles que a colocam tão fixamente que chega próximo
à sobrancelha, deixando marcas na testa. Tem as que parecem ser de pintor, de
padeiro, de “qualquer coisa”, menos de militar. Não há como deixar de mencionar
a disparidade no tocante à localização do brasão, que oscila bastante na
lateral direita. O cordão de ajuste às vezes fica para fora, chega a ser
trançado, é cortado, desfia, sofre até com a degradação do tempo. Por vezes as
cores destoam, desbotam, mancham, rompendo com o conceito de uniforme.
Outrossim, é preciso reconhecer, não há somente erros, existem os que colocam
corretamente, com a devida angulação, sem falhas notáveis.
Mas o ponto crucial deste texto são
os policiais militares que fazem uso no modelo popularizado como pára-quedista,
com uma queda significativa para a esquerda, chegando a cobrir parte da orelha
e/ou do olho. Apesar de estarem, de certa forma, descumprindo o modelo tido
como padrão, são estes os que geralmente mais valorizam tal símbolo, que pode
contribuir para o trabalho que a PM se propõe a fazer. Porém, essa
peculiaridade esbarra no ditame geral, que estabelece uma utilização diferente
da preferida por esse grupo específico. Por mais que esse detalhe o atraia,
frustra-se a intenção, por incorrer em situação tida como falha.
Mas afinal, de onde vem a boina militar???
Origem da boina militar
Os escoceses e bascos estão
na origem das boinas militares, embora o "tam-o'-shanter" (o chapéu
ajustável, de tecido macio, usado pelos escoceses), para alguns autores, não
seja considerada uma boina, já a "basca" não oferece dúvidas. Os
Caçadores Alpinos franceses foram, em 1889, a primeira força
militar a usar uma boina, de cor azul escura.
Durante a Primeira Guerra Mundial, a boina não
conheceu grande expansão. Durante a Segunda Guerra Mundial, elas tinham cores
diferentes, para diferenciar os militares que as usavam. A boina militar os
Caçadores das Ardenas era verde, as
tripulações dos carros de combate alemães usavam
uma preta,
os Caçadores Alpinos franceses mantinham o azul escuro e, os voluntários espanhóis da Divisão
Azul usavam uma boina vermelha.
Boina militar em Portugal
A primeira unidade militar a usar boina em Portugal foram
as tropas paraquedistas da Força Aérea em 1955. O Exército só
adotou a boina (para as suas unidades de Caçadores Especiais)
em 1960. São
ou foram usadas as seguintes boinas:
Boina verde escuro (verde caçador-paraquedista) - Tropas
Paraquedistas
Boina azul - Polícia Aérea;
Boina castanha - inicialmente apenas Caçadores Especiais,
depois boina genérica do ExércitoPortuguês;
Boina negra - tropas da Arma de Cavalaria (com
excepção dos militares qualificados como Paraquedistas ou Comandos), incluindo
a Polícia do Exército;
Boina vermelho vivo - Comandos (a partir de 1974);
Boina verde claro (verde musgo) - Operações Especiais (a
partir de 1982);
Boina azul ferrete - Fuzileiros Navais
Boina negra com uma faixa verde - Regimento de Infantaria
da Guarda Nacional Republicana
Boina verde escuro - Comandos Territoriais de Infantaria
da Guarda Nacional Republicana
Boina bege - Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro
da Guarda Nacional Republicana
Boina camuflada (fora de uso) - 3ª Companhia de Comandos (Guiné) e Força de Flechas da
PIDE/DGS,
Boina amarela (fora de uso) - Grupos Especiais de Moçambique
Boina vermelho grená (fora de uso) - Grupos Especiais Paraquedistas de
Moçambique
Boina branca (fora de uso) - Formações Aéreas Voluntárias
Boina civil em Portugal
Boina preta - Guardas-Noturnos
Boina azul escuro - Corpo de Intervenção da Polícia de Segurança Pública Força
Especial de Bombeiros (canarinhos) Corpo Nacional de Escutas (Escuteiros)
Autoridade Nacional de Proteção Civil (Comandos Distritais e Comando Nacional)
Boina verde - Grupo de Operações Especiais da
Polícia de Segurança Pública
Boina azul claro - Corpo de Segurança
Pessoal da Polícia de Segurança Pública
Boina negra - Corpo da Guarda Prisional
Boina carmesim - Unidades de Socorro da Cruz Vermelha Portuguesa
Boina militar no Brasil
Boina verde-oliva: padrão do Exército Brasileiro.
Boina azul-ferrete: cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras,
alunos da Escola Preparatória de
Cadetes do Exército, do Centro de Preparação de
Oficiais da Reserva, do Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva,
da Escola de Sargentos das Armas e
do Instituto Militar de Engenharia.
Boina bordô: Brigada de Infantaria Paraquedista.
Boina camuflada: infantaria da selva.
Boina garança: colégios militares.
Boina preta: unidades blindadas ou mecanizadas.
Boina castanha: Brigada de Operações Especiais.
Boina cinza: infantaria de montanha.
Boina azul-ultramar: Comando de Aviação do Exército.
Boina bege: unidades aeromóveis.
Boina azul-celeste: missões de paz das Nações Unidas.
Boina Verde
Tradicionalmente, a Boina Verde é usada pelos calouros da
Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM) em Uberaba-MG. A Boina está
longe de ser uma forma de trote, é um motivo de orgulho para os calouros, e uma
forma de diferenciá-los dos demais calouros de outros cursos.
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