A História da Guerra Contada Pelas Roupas Militares


A "Farda Militar" é uma peça essencial na guerra, mas se engana quem pensa que ela só serve para diferenciar os soldados na hora da luta pois sua função vai muito mais além do que isso. Hoje vamos remontar História da guerra pela "moda" Militar.
Uniforme militar é a vestimenta padronizada e regulamentada, usada pelos membros das forças armadas. O uniforme é um dos principais símbolos que representam a profissão militar. Ele reflete o valor e a tradição, contribui para a elevação da autoestima, solidifica a hierarquia e a disciplina, potencializa a manifestação de força, e transmite, subjetivamente, um ideal de igualdade onde todos são nivelados, independentemente de origem ou condição.
O uniforme militar é regulamentado por legislação específica e seu emprego indevido constitui-se em crime previsto no Código Penal. Ele não pode ser usado ou copiado indevidamente, pois representa a legítima autoridade investida pelos poderes constituídos.
O uso do uniforme militar é mais antigo que o próprio militar em si, remonta a  época egípcia aonde se encontra os primeiros relatos de uso de Fardas por empregados do palácio real e posteriormente em seus solados.

O UNIFORME

Por muito tempo a civilização egípcia foi a maior e mais poderosa do mundo, sua farda era de couro a lança e espada as mais poderosas da época e escudo de madeira. Também era vantagem dos Soldados egípcios suas sandálias firmes, tecidos leves e arejados. Como era de costume raspar a cabeça e fazer a barba também ajudava, pois o calor era o maior fator de morte na época, tudo que diminuísse o calor ajudava a impedir a exaustão antecipada dos soldados. 

Conquista do Egito, a evolução do uniforme primitivo


Entre  198 a.C e 31 a.C o  domínio egípcio foi decaindo na mão de várias nações, entre elas, principalmente, a Persa e a Romana.
Roma na época não tinha interesses em destruir e dominar o Egito, (Os motivos são história para um outro post) bastou, na época, apenas conquista-lo e anexa-lo em seu poderio.
Mas por volta de 198 a.C. chega o momento crucial aonde o Roma se torna o Maior Império do mundo sobrepujando todos os demais reinos.

O Império Romano



Roma inovou o mundo militar, não é atoa que se tornou "dono do mundo" por muito tempo, muitas das  tradições, nomes, táticas e armas que temos hoje originou-se de lá.
O investimento em tecnologia na época somado ao conhecimento militar transformou o exercito romano no maior de sua época. 
Um capacete de ferro que fez a cabeça deixar de ser alvo fatal, uma couraça muito mais dura e resistente envolvida, muitas vezes, em peças de ferro que dificultam a perfuração e cegam as armas inimigas cada vez que batem.
Um cinturão agora segura a roupa que é mais curta facilitando a movimentação do corpo do soldado e assim introduzindo no mundo militar a , hoje conhecida, "'técnica de batalha", o que resultou ao exercito romano  inúmeras vitórias.
falando em técnicas de batalha, não podemos deixar o escudo que agora não protege só o braço ou peito mas sim o corpo todo e até mesmo o agrupamento inteiro, com técnicas de defesa contra flechas por exemplo.

Também temos a "Gladio'', a espada usada no combate corpo a corpo. Como o "forte" do soldado romano é a mobilidade com uma espada mais curta e leve ele consegue se desviar e rebater aos ataques do inimigo com muito mais facilidade, tendo em vista que, na época as espadas eram longas e pesadas o que dificultava "muito" a movimentação de um soldado e cansava mais rápido mantela erguida.

Roma manteve-se como maior e melhor exercito do mundo por um longo tempo, nessa época foram introduzidos costumes militares, como a marcha, posições de ""sentido'', a  hierarquia militar entre outras, até então "inéditas" para cenário mundial da época.

A queda do Império Romano e o inicio da formação de nações na idade média

Império Romano do Ocidente teve como uma das principais causas de sua queda as invasões bárbaras protagonizadas pelos povos germânicos que habitavam a região a leste das fronteiras do Império. Ao lado da decadência da economia escravista e da desestruturação militar, as invasões bárbaras foram apontadas por historiadores como um dos principais processos que levaram ao fim do maior império da Antiguidade, em 476 d.C.
Os bárbaros recebiam essa denominação, de origem grega, pois os gregos não entendiam a língua dos povos do norte. Aos ouvidos gregos, esses povos balbuciavam algo como um bar-bar, o que deu origem à palavra bárbaro, que passou a designar o estrangeiro. Em latim, eram os barbarus, o que explica que, para os romanos, eram os povos que não falavam latim, não seguiam as leis romanas e também não participavam de sua civilização


Os Romanos não conseguiram manter seus segredos militares por muito tempo, na época sobrepujavam e saqueavam tudo e todos, o que lhes trouxe muitos inimigos. Orgulhosos e soberbos, em sua própria pária tentavam derrubar seus próximos para ''subir no poder".
O crescimento desproporcional, a nomeação de autoridades por interesses, a falta lideres de confiança, em fim, vários fatores contribuíram para a queda Romana.
Roma não foi destruída, mas perdeu muitos territórios a outros povos, sem exercito e recursos para recupera-los, iniciou-se a formação de novas nações no mundo, agora com tecnologia militar igual à Roma, e o mundo livre de sua influencia, iniciou-se no globo as politicas de proteção territorial, alianças e novas nações.

Era Medieval

Aparentemente o mundo se equilibrou, na era medieval, o ferro se torna famoso, com poucas conquistas relevantes o mundo foi se formando com os reinados, época que remonta Reis, princesas e castelos a guerra não é mais a prioridade numero hum dos países mas sim a política.
Nesse tempo outras coisas ocupavam a mente dos habitantes do mundo, coisas novas como, literatura, poesia, musica, arte, moda...


A  ARMADURA

Com novas melhorias no ferro temos agora um novo conceito de proteção individual: A Armadura.
Alem de sua camada externa de ferro, a armadura continha uma malha de anéis de ferro por dentro e uma roupa de pano para evitar que o aço ao movimento do corpo não corte a pele.
Não só os soldados usavam a armada como também seus cavalos, aqui nasce um novo personagem na história, o Cavaleiro.
Revestido de um titulo de nobreza e debaixo de um juramento, o Cavaleiro defendia os interesses de seu senhor. Recebia tropas, ganhava terras, recebia espólios de guerra, tudo isso para representar a família real que agora não sai  mais para a guera ficando apenas em seus castelos.
O Cavaleiro era sinal de autoridade e honra, detinha poderes políticos e de representação, dificilmente era derrotado pois, na maioria das vezes, era treinado desde a infância, tinha muitas tropas e recursos ao seu favor.
Era difícil travar uma guerra nesse tempo, o ferro era "coisa rara", castelos e defesas levavam anos para serem construídos e a moeda da época o ''ouro'' estava espalhada pelos reinos, então, sendo necessário para as guerras boas alianças.


Os Cavaleiros Templários


O auge da época medieval foi marcado pelos Cavaleiros Templários, Cavaleiros de Elite que não lutavam por reino mas sim por uma causa.
Com a (desculpa) o dever de levar a religião católica ao mundo os Templários iniciaram as Cruzadas, matando todos os que se recusassem a aceitar ao cristianismo. 
No fim das cruzadas muitas "Ordens de Cavaleiros" derivadas dos templários trouxeram consigo a conquista e formação de novos reinos e de novas culturas.

A nossa humanidade cresceu e se desenvolveu. Agora a tecnologia chegou ao mar.
Não que não haviam barcos antes mas, agora com a engenharia e a ciência em  alta, os navios começam a fazer as expedições: viagens para descobrir novos lugares. Essa ideia era fantástica, é mais barato procurar por um lugar "sem dono" do que iniciar uma guerra contra outros países para novas terras. Veja, neste momento a Europa estava "abarrotada de gente", as cidades estavam cheias, os recursos como: comida, aguá, madeira e metais estavam escassos.
A questão é: Não existe terra sem dono, então foi encontrado um novo personagem para o nosso cenário:

INDÍGENAS


São designados como povos aborígenesautóctonesnativos, ou indígenas aqueles que viviam numa área geográfica antes da sua colonização por outro povo ou que, após a colonização, não se identificam com o povo que os coloniza. A expressão povo indígena, literalmente "originário de determinado país, região ou localidade; nativo", é muito ampla, abrange povos muito diferentes espalhados por todo o mundo. Em comum, têm o fato de que cada um se identifica com uma comunidade própria, diferente acima de tudo da cultura do colonizador.

Era simples, veja: Com uma "Sociedade" já formada, quando era encontrado outro povo, que não interagia com o resto da sociedade medieval e era subdesenvolvida em tecnologia, engenharia e cultura, eles o tinham como "INDÍGENA" ou "colonizados". Assim, por acordos entre eles, decidiram que podiam "COLONIZAR'' esses indígenas, ou seja tomar a terra e suas riquezas e torna-los "equiparados'' a cidadãos daquela nação (tá mais para o objeto de conquista). Os indígenas teriam, na teoria, que aceitar se em entregar a colonização, teriam que se converter ao cristianismo e ajudar no conhecimento das novas terras e no desmatamento para enviar recursos as metrópoles na Europa.
É claro! Não aceitaram, e então começaram as guerras para a colonização, que se intensivaram muito e por muito tempo, principalmente no continente africano.

O Arcabuzeiro


Um novo Personagem surge, o Arcabuzeiro, um tipo de soldado que ataca com o uso de um Arcabuz.
Em meio a invenção da pólvora e posteriormente da arma esse personagem surge. De forma meio "tímida" o arcabuzeiro entra em batalhas substituindo gradativamente o Arqueiro.
Era um grande beneficio, custava bem mais caro que arco e flecha mas, o benefício é que a pólvora fazia com que o projetil lançado perfurasse a armadura do inimigo, mesmo sendo uma armadura de ferro.
O Arcabuzeiro não era a peça principal da batalha, ficando com este posto, ainda, os soldados com espadas e lanceiros. O manuseio do arcabuz era difícil e demandava tempo para recarrega-lo pois, só cabia um projetil por vez.

Como "principal" consequência disso as Armaduras de Ferro já não eram mais eficientes até  por que limitavam o deslocamento, cansavam mais com o peso, e um simples tiro de Arcabuz a furava. Então como o ponto fraco do Arcabuzeiro era o tempo que levava para recarregar, uma Armadura mais leve e maleável possibilitava ao soldado correr até o atirador antes dele disparar o tiro.
Nessa altura do campeonato não havia só Arcabuzeiros como também Lançadores de granadas, rodeleiros, entre outros.
Conforme a tecnologia e o domínio da pólvora foi crescendo novas armas foram surgindo e tomando lugar no mundo, tornando assim o uso da espada obsoleto.

A FARDA

Um novo conceito se emoldura no militarismo mundial. A proteção ao corpo pela armadura torna-se inútil, sendo que é facilmente perfurada por um tiro, assim  os exércitos adaptaram suas estratégias a roupas de pano, mais leves, baratas, maleáveis e funcionais, são meio incômodas, pois foram feitas para mostrar  "perfeição" no corte e no uso.
A identidade nacional nunca esteve tão vívida, o patriotismo era forte nessa época o que acarretou para as fardas militares características únicas, pautadas na soberania e cultura de cada país. Com todos os de  primeiro mundo crescendo seus exércitos em nível acelerado, o limiar entre atacar e se defender era grande, isso influenciou uma cultura de "exibição" aonde os exércitos mostravam através disso "poderio" militar, talvez para tentar intimidar inimigos. Com isso era comum: desfiles militares frequentes, centenas de soldados de guarda em repartições publicas, exercícios militares entre aliados, entre outros.

A 1ª Guerra Mundial


O ataque por arma de fogo era a "estratégia da vez", as espadas agora são um "objeto de exibição", apenas um enfeite usado costumeiramente pelos oficiais, as armas levavam uma espécie de faca na ponta, formando um tipo de espingarda-espada já que as armas ainda eram "lerdas" para atirar naquele tempo, como os soldados usavam roupas comuns já, davam uma resposta mais rápida no ataque corpo-a-corpo.

Com a guerra veio a necessidade da "praticidade" em campo, os soldados precisavam de soluções já que as "formações de ataque" anteriormente utilizadas já não estão mais servindo.

Agora as fardas tem mais bolsos, são mais leves, pois não foram feitas para desfilar, mais confortáveis e duráveis e mais  funcionais,  pois as guerras tomaram maiores proporções e é necessário que o soldado possa "se virar" por mais dias  carregando suprimentos, granadas, kits de primeiros socorros, entre outros.

Veja Abaixo como ficou os principais soldados da 1ª guerra








A 2ª Guerra Mundial

Não houve grandes mudanças mas os países perceberam que a principal estratégia é a "Camuflagem" e com isso as fardas sofreram uma mudança estética tendendo para os costumes que conhecemos hoje.


  

E em fim nos dias de hoje...

PADRÕeS DE CAMUFLAGEM
TIPOS DE UNIFORMES MILITARES
  • Uniformes de gala – Esses modelos são usados em grandes solenidades;
  • Uniformes solenes – Roupas usados em solenidades de menor importância;
  • Uniformes de passeio – Modelos usados fora de serviço;
  • Uniformes de serviço – São as fardas usados em serviço, instrução e campanha;
  • Uniformes de educação física – Quando os oficiais praticam atividades esportivas.
ROUPAS OFICIAIS
Os tecidos camuflados surgiram para que os soldados pudessem avançar nas matas e campos de batalha de forma mais eficiente. A mistura de cores e formatos são aplicadas para que haja semelhança entre a vegetação e a farda, e com isso o soldado siga sua estratégia despercebido pelo exército inimigo.
As camuflagens podem misturar três ou quatro cores ou a farda pode ter apenas uma, como é o caso dos uniformes de quem combate no deserto e áreas secas. Cada região cria seu padrão, de acordo com o terreno onde atua.
Contudo, nem tudo é batalha nas forças armadas. As missões possuem os oficiais que comandam as ações e não estão em campo. Além disso, existem ocasiões que pedem fardas mais elaboradas, por isso os uniformes são classificados em cinco categorias:
Além dessas categorias existe ainda uma classificação especial, constituída por uniformes históricos, fardamentos exclusivos de representação ou para atividades que exijam vestimentas especiais (aviação, hospitais, resgate e socorro).
No Brasil a vestimenta oficial das forças armadas só podem ser usadas por quem faz parte da corporação, para quem prática modalidades esportivas de simulação militar, como o Air Soft, pode usar roupas com padrão de camuflagem diferentes da oficial do Exército Brasileiro. As roupas camufladas para quem pratica esse tipo de atividade podem ser inspiradas em modelos de camuflagem de outros países, ou ainda toda preta. Os acessórios, como coturnos, boinas, porta objetos e muitos outros elementos também são de uso liberado para quem prática o Air Soft.





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